De lado, mas não para escanteio! Afinal, o móvel que fica junto ao sofá, além de ser bastante útil no dia a dia, é capaz de afinar toda a decoração do estar.
Do branco ao azul. Na sala de tV, que exibe paleta entre o gelo e o marrom, o móvel azul é a estrela. os arquitetos Duke Capellão, rodrigo Kalache e Diego Uribbe, do escritório carioca Movimento, renovaram o modelo de madeira, arrematado em um depósito de usados no Rio de Janeiro por uma bagatela. “Removemos a antiga pintura branca e, para animar o ambiente neutro, tingimos a peça com um tom mais vivo”, diz Rodrigo. Também em espaços coloridos, esse azul, com sua personalidade forte, seria bem-vindo. “O matiz dialoga com o amarelo e o rosa”, exemplifica. Para conferir graça e leveza, objetos sobre os tampos, como vasos e revistas, são opções certeiras.

Do quarto à sala. Pré-fabricada de madeira, a casa da publicitária Doris Alberte, em são Paulo, é adornada de diversos itens desse material – caso do móvel que ladeia o sofá. A peça, feita pelo marido de Doris nas aulas de marchetaria, foi inicialmente pensada para atuar como criado-mudo no dormitório, mas conquistou espaço no estar. A fim de quebrar o ar austero, a moradora brincou com padronagens: repare como as listras do vaso, as bolinhas da almofada e os grafismos da cortina (de camurça, 1,40 x 2,30 m, Cinerama, R$ 289,90) convivem em equilíbrio e dão charme extra ao ambiente.

Do lixo ao lounge. Simples e chique. Conjugando as duas propostas, a designer de interiores Iamna Smarcevscki criou este ambiente aconchegante para a mostra Morar Mais Salvador 2011 – apesar de desenvolvido para uma casa de praia, o projeto, com sua mistura de estilos, pode ser fonte de inspiração para todo tipo de moradia. O toque rústico vem das caixas de madeira, que originalmente eram embalagens de luminárias, transformadas em mesinhas. “Aproveitar um objeto que seria descartado é uma ideia interessante e barata, que pode ser aplicada em qualquer decoração contemporânea”, considera a profissional, que tem escritório na capital baiana.

Do clássico ao moderno. Montado em estúdio pela equipe de MINHA CASA para atender a um casal de 40 anos com filhos adolescentes, este espaço concilia os gostos de ambas as faixas etárias. Daí a sintonia entre o sofá modular de suede (Sian Master, 90 x 90 x 64 cm*, Etna,Rr$ 999,90), que dificilmente sai de moda, e a jovial mesinha verde (de MDF e pínus, modelo Eme, 50 x 50 cm, Oppa, R$ 179). Observe que o abajur e o porta-retrato sobre o tampo são tradicionais e se contrapõem ao revisteiro de linhas contemporâneas (Excêntrico, de MDF, 35,5 x 15,1 x 35,2 cm, Tok Stok, R$ 118).

Do desalinho à proporção. “A harmonia vem da assimetria”, pondera a arquiteta paulistana Marie Caro, que, ao lado da colega Mariana Noya, concebeu este projeto. Ela se refere não apenas ao pequeno quadro, propositadamente posicionado para parecer deslocado entre o sofá, o abajur e a bancada, mas também à mesinha de design pouco convencional. “É uma peça vintage, dos anos 1950, bem versátil, que se ajusta a diferentes estilos de decoração”, fala. O móvel de caviúna promove um interessante jogo de alturas e formas: triangular e pequeno, é mais baixo do que o braço do estofado e faz um casamento perfeito com a banqueta, que serve de suporte extra.

Do degrau ao tampo. Para compor o ambiente descolado, a repórter visual Alessandra Okazaki, de Curitiba, apostou no emprego de objetos fora de suas funções habituais. Em vez de mesa ao lado do estofado, há uma escadinha com três degraus de madeira em tom natural. Despida de sua trivialidade cotidiana, a peça ficou ainda mais original ao receber vasos, livros e um inesperado cobogó fazendo as vezes de enfeite. Logo à frente, uma banqueta baixinha (22 cm), pintada em tom cereja, oferece um gracioso apoio complementar.

Do passado ao presente. A mesa Tulipa, desenhada pelo finlandês Eero Saarinen (1910-1961), é um clássico. Sua forma elegante continua atual, moldada para agradar aos mais diversos gostos e estilos. É o que afirma e demonstra o arquiteto José Marcelino, que tem escritório em Salvador e assina o projeto deste apartamento, também na capital baiana. O exemplar escolhido (com tampo de mármore e pé de alumínio, 41 x 52 cm, Toque da Casa, R$ 1 532) forma um par afinado com o abajur metálico. “Tudo deve ser sempre pensado como conjunto: o perfil esbelto da peça de iluminação tem a mesma leveza do móvel de apoio e do restante da sala”, aponta.

Do tom pastel ao vibrante. No estar da arquiteta Cristiane Passos, na capital fluminense, os revestimentos e os móveis maiores formam a base neutra que a permite brincar com itens de diferentes tonalidades. Entre eles, destacam-se os trazidos de uma viagem a Nova York, a exemplo da mesa azul-bebê, escolhida a dedo para comportar sobre seu tampo os objetos preferidos da profissional. “Apesar do tamanho (60 x 60 x 40 cm), não foi difícil despachála, pois trata-se de um modelo com pés desmontáveis. O melhor é que coube direitinho no canto junto do sofá”, comemora. Também vieram na bagagem o móbile fixado no alto e o pôster multicolorido.

Da medida à parceria. “Em geral, costumo especificar uma mesa que tenha a mesma altura do braço do sofá para que os objetos sobre ela apareçam”, afirma o arquiteto Luiz Fernando Grabowsky, do estúdio carioca que leva seu nome. A preferência é exemplificada com um de seus projetos: alinhado com a lateral do estofado, o móvel (65 x 60 cm, de aço inox e MDF com acabamento no padrão carvalho) põe em destaque o porta-retrato, o abajur e os porta-velas. O tampo redondo de madeira ajuda a aquecer o ambiente juntamente com os tons vermelhos do quadro e das almofadas.
Preços pesquisados em 7 e 8 de janeiro de 2014, sujeitos a alteração.
Fonte: Minha Casa